Irã quase sozinho
TEERÃ – Os fabricantes iranianos estão produzindo atualmente 95% dos componentes e peças usados na indústria de eletrodomésticos, de acordo com o chefe da Associação de Fabricantes de Peças de Eletrodomésticos.
"Somos 95% autossuficientes na produção de peças de eletrodomésticos e apenas em algumas peças eletrônicas e compressores de geladeira ainda dependemos de fornecedores estrangeiros", disse Morsal Sediq ao IRIB.
Segundo a Sediq, existem atualmente mais de 2.000 unidades fabris de componentes de eletrodomésticos em atividade no país, que, além de atender às necessidades dos fabricantes nacionais, exportam para outros países como Reino Unido, Alemanha, França, Egito, Tunísia e Síria.
Citando alguns dos problemas que o sector enfrenta, o responsável referiu: "Apesar da elevada qualidade dos produtos fabricados pelos fabricantes nacionais e apesar dos investimentos feitos nesta indústria ao longo dos últimos anos, a importação ilegal e o contrabando de peças de electrodomésticos no país continua a prejudicar este setor."
O chefe da Associação dos Fabricantes de Peças de Eletrodomésticos criticou a falta de atenção com a indústria de peças de eletrodomésticos e destacou que um dos motivos pelos quais a importação de peças de eletrodomésticos ainda continua é que o governo não está aplicando a lei que proíbe a importação de produtos domésticos produtos fabricados no país, nas peças e componentes de eletrodomésticos.
"Enquanto não for proibida a importação de peças de eletrodomésticos para o país, os fabricantes nacionais não poderão competir com os produtos importados", destacou.
Referindo-se aos altos custos de produção para os fabricantes de peças, a Sediq observou que a matéria-prima necessária para a indústria de peças de eletrodomésticos é abundante no país e não há problema quanto a isso, mas como o governo fornece a matéria-prima para o fabricante a um preço alto, o custo de produção para os fabricantes de peças aumentou em comparação com as contrapartes estrangeiras.
EF/MA